Eu morro de raiva quando penso em você.
Você é louco, cara.
E você me trouxe de volta o gosto da rejeição. Eu tinha esquecido. Não queria ter lembrado.
Mas foi bom porque eu lembrei como era querer muito estar com alguém. Mesmo que fosse você. E mesmo que você não quisesse.
Muita raiva. Queria trepar com você até morrer. E cravar as unhas nas suas costas e no seu peito e te arrancar uns pedaços e te morder e te fazer gozar com os deuses. E depois ir embora sem olhar pra trás, só pra você aprender.
Que raiva de você. Que raiva de mim. Você me tratou mal, você me deixou de lado, você esqueceu que eu existia assim que eu dobrei a esquina. Eu só podia mesmo me apaixonar.
E eu não esqueci nada. Eu lembro de todas as suas caras, eu lembro de você mordendo os lábios, eu lembro de você me dando uns tapas com um sadismo delicioso e aquele seu cabelo no olho, e eu pensando que você nunca mais ia achar uma garota que combinasse bunda, cérebro e uns tapas na cara. Não importa, não era isso que você queria.
Talvez até fosse,
talvez você seja mais um daqueles. Mas acho que não.
Acho que simplesmente não foi.
É fácil assim: eu gostei de você. Você não gostou de mim.
Não parece, mas é.
Seria mais fácil acreditar se você não ficasse com os olhos grudados em mim toda vez que me encontra. E se não ficasse em volta que nem um urubu na carniça.
Porque eu agora sou isso: carniça.
A sua carniça.
Que raiva de você.
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